O Ministério da Saúde lançou uma série de medidas para se antecipar ao período sazonal de alta da dengue em 2025. Entre as ações está a instalação do Centro de Operações de Emergência (COE), que busca fortalecer a articulação nacional com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas. Além disso, foi anunciado um novo Plano de Contingência Nacional para dengue, chikungunya e zika, com foco em medidas preventivas e na preparação das redes de saúde para conter a disseminação dessas doenças.
Entre as principais estratégias estão a expansão do método Wolbachia, já testado em Joinville (SC), para 40 cidades ainda neste ano, e a implantação de tecnologias inovadoras, como insetos estéreis e estações disseminadoras de larvicidas. Também está prevista a borrifação residual em locais de grande circulação, como escolas e creches, e o uso do Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitoramento e controle de mosquitos. A primeira fase do projeto prevê a instalação de 150 mil estações disseminadoras.
O método Wolbachia, já aplicado em Joinville durante a epidemia de 2024, é uma das apostas do governo. Ele utiliza uma bactéria que impede o mosquito Aedes aegypti de transmitir dengue, chikungunya e zika. Desenvolvida pelo World Mosquito Program, a tecnologia está presente em diversos países e foi trazida ao Brasil em parceria com a Fiocruz. Em 2024, a cidade registrou mais de 44 mil casos e 50 mortes, demonstrando a urgência de iniciativas como essa.
Além das ações preventivas, o governo adquiriu 9,5 milhões de doses da vacina contra dengue para 2025, priorizando a imunização de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Em 2024, o Brasil enfrentou a pior epidemia de sua história, com 6,4 milhões de casos prováveis e mais de 6 mil mortes. Até janeiro de 2025, já foram registrados 10 mil casos prováveis e 10 mortes sob investigação, reforçando a necessidade de uma resposta nacional coordenada.
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