
Santa Catarina registrou um aumento alarmante nos casos de coqueluche em 2024, com 258 notificações, um salto de 12.800% em relação ao ano anterior, quando apenas dois casos foram registrados. Este é o maior índice da década, superando o recorde de 244 casos em 2014, e coloca o estado como o sexto com mais ocorrências no país, atrás de Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A situação é especialmente grave entre bebês menores de um ano, que somaram 82 casos ao longo do ano. Essa faixa etária é a mais vulnerável às complicações graves da doença, que podem incluir parada respiratória, convulsões e desidratação. Em agosto, SC registrou as primeiras mortes por coqueluche desde 2014: dois bebês não vacinados, um de Itajaí e outro de Joinville.
A coqueluche é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis, altamente transmissível por contato com secreções respiratórias. Os sintomas iniciais incluem febre baixa, coriza e tosse seca, que pode evoluir para crises intensas e até vômitos. A vacinação, disponível pelo SUS para crianças, gestantes e profissionais da saúde, é a principal forma de prevenção.
Autoridades de saúde destacam a importância de reforçar a imunização e o acompanhamento regular do calendário de vacinas, especialmente entre as crianças. O Ministério da Saúde alerta que o aumento expressivo dos casos ressalta a necessidade de vigilância e adesão à vacinação para evitar novas mortes e surtos ainda maiores.

Casos de coqueluche em Santa Catarina:
- 2014: 244 casos
- 2015: 117 casos
- 2016: 46 casos
- 2017: 120 casos
- 2018: 71 casos
- 2019: 31 casos
- 2020: 8 casos
- 2021: 4 casos
- 2022: 6 casos
- 2023: 2 casos
- 2024: 258 casos
Confira os casos divididos por idade:
- 30 anos ou mais: 51 casos
- 20 a 29 anos: 19 casos
- 15 a 19 anos: 24 casos
- 10 a 14 anos: 55 casos
- 5 a 9 anos: 13 casos
- 1 a 4 anos: 14 casos
- Menos de um ano: 82 casos
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