Fique por dentro dos últimos acontecimentos

Queimadas dobram em Santa Catarina no ano de 2024; veja cidades mais afetadas

27 jan 2025 | Estadual e Nacional, Itajaí e Região, Policial e Segurança

As áreas queimadas em Santa Catarina cresceram 97% em 2024, atingindo cerca de 22.066 hectares, segundo dados divulgados pelo Monitor do Fogo do MapBiomas. Este é o maior número registrado desde 2021, quando o Estado enfrentou 24.625 hectares consumidos pelas chamas. Comparado a 2023, em que 11.160 hectares foram queimados, o aumento é alarmante e reflete os impactos de períodos prolongados de seca e do fenômeno El Niño.

Os municípios mais atingidos estão na Serra catarinense, com destaque para Lages, que registrou 4.900 hectares queimados, e São Joaquim, com 3.085 hectares. Outros municípios severamente impactados incluem Bom Jardim da Serra, Água Doce e Capão Alto, totalizando uma destruição significativa em áreas de vegetação herbácea, agropecuária e até mesmo florestas.

A vegetação herbácea foi a mais afetada, com 15.166 hectares atingidos, enquanto 8.485 hectares de áreas agropecuárias também foram queimados. Apesar de representar um número menor, 397 hectares de florestas foram consumidos pelo fogo, o que aponta para um desequilíbrio ambiental preocupante. A seca prolongada e a baixa umidade intensificaram a vulnerabilidade dessas áreas ao fogo, agravando os impactos ecológicos.

No contexto nacional, Santa Catarina aparece como o 20º estado em número de queimadas, mas o Brasil inteiro registrou uma alta alarmante. Em 2024, mais de 30,8 milhões de hectares foram queimados no país, uma área maior do que o território da Itália. A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 17,9 milhões de hectares queimados, o que equivale a 58% do total nacional.

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina afirmou que, embora o Estado registre números menores de queimadas em relação a outros, como o Cerrado e a Amazônia, o aumento em 2024 é preocupante. O órgão destacou investimentos recentes em equipamentos de combate a incêndios no Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e lembrou que o ano de 2023 foi o menos impactado desde o início do levantamento.

Os dados do MapBiomas reforçam a necessidade de ações de prevenção e controle de queimadas, especialmente em regiões vulneráveis. O agravamento das queimadas, impulsionado por fenômenos climáticos e intervenções humanas, exige estratégias mais robustas para proteger o meio ambiente e mitigar os impactos na biodiversidade e nas comunidades afetadas.

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

× Peça sua música!