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Surto de Águas-Vivas no Litoral de SC: Mais de 2,8 mil ataques em uma semana

30 jan 2025 | Estadual e Nacional, Itajaí e Região, Policial e Segurança, Política e Educação

As praias de Santa Catarina registraram 2.849 incidentes com águas-vivas entre os dias 21 e 27 de janeiro, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de SC (CBMSC). O 4º Batalhão Bombeiro Militar, que cobre praias como Passo de Torres e Balneário Gaivota, lidera o ranking com 1.603 ocorrências, mais da metade do total. Em segundo lugar, estão as praias de Palhoça e Governador Celso Ramos, com 517 casos, seguidas por Florianópolis, que contabilizou 380 vítimas.

Desde o início da temporada de verão, mais de 16 mil pessoas sofreram queimaduras causadas por águas-vivas no estado, com uma média de 533 casos diários. Apesar dos números elevados, especialistas afirmam que a incidência está abaixo do normal para a época. O professor Charrid Resgalla Jr., da Univali, explica que fatores como ventos e correntes marítimas influenciam a chegada desses animais às praias.

Duas espécies se destacam no litoral catarinense: a Água-Viva Reloginho (Olindias sambaquiensis), quase invisível e comum na zona de rebentação, e a Caravela Portuguesa (Physalia physalis), que possui um veneno mais potente e pode causar reações graves. Enquanto a Reloginho tem maior incidência no verão e em dias de vento sul, a Caravela é trazida pelo vento leste, sendo mais frequente entre dezembro e janeiro.

Para evitar acidentes, banhistas devem consultar o aplicativo CBMSC Cidadão antes de ir à praia, que informa sobre a presença de águas-vivas. Caso ocorra uma queimadura, recomenda-se sair da água imediatamente, procurar um guarda-vidas e lavar a área afetada com água salgada. O uso de vinagre ajuda a aliviar a dor, enquanto água doce, urina e outras substâncias são contraindicadas.

O Litoral Sul catarinense é a região mais afetada devido à sua costa retilínea e exposta aos ventos, favorecendo o transporte desses animais para a areia. Autoridades seguem monitorando a situação e reforçam os alertas para que turistas e moradores redobrem os cuidados ao entrar no mar.

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