O número de acidentes com águas-vivas no litoral catarinense cresceu 88,46% na última semana, totalizando 5.856 casos entre os dias 11 e 17 de fevereiro. Em média, foram 836 ocorrências diárias, demonstrando um aumento expressivo em relação à semana anterior. Desde o início da temporada, mais de 31 mil registros foram contabilizados, evidenciando a necessidade de maior atenção dos banhistas.
No último sábado (15), um homem de 38 anos sofreu um choque anafilático após contato com uma água-viva na Praia de Fora, em Palhoça. Ele apresentou inchaço na garganta e sinais de parada cardiorrespiratória, precisando de resgate emergencial por um helicóptero da Polícia Militar. Após o atendimento, a vítima foi encaminhada a uma unidade de saúde e sobreviveu.
Especialistas alertam que a presença de águas-vivas no mar pode ser identificada pela bandeira lilás nos postos de guarda-vidas. Para evitar acidentes, recomenda-se não entrar na água ao avistar a sinalização e evitar caminhar descalço na areia. O oceanógrafo Alberto Lindner ressalta que as águas-vivas não atacam, mas seus tentáculos podem causar queimaduras graves ao serem tocados acidentalmente.
Caso ocorra o contato com uma água-viva, a recomendação é sair imediatamente da água e procurar um posto de guarda-vidas. Não se deve lavar a área afetada com água doce, urina ou outros líquidos. O ideal é usar apenas água do mar e solicitar a aplicação de vinagre, que ajuda a neutralizar o veneno e aliviar os sintomas da queimadura.
Além das dores intensas, reações alérgicas graves podem ocorrer e até levar à morte. Náuseas, dificuldades respiratórias e inchaço são sinais de alerta para procurar um serviço de emergência imediatamente. Com o aumento expressivo dos casos, a prevenção se torna essencial para evitar complicações durante o verão no litoral catarinense.
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