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Brasil aprova primeira vacina contra chikungunya e inicia nova fase no combate ao vírus

14 abr 2025 | Estadual e Nacional, Saúde

A Anvisa aprovou, nesta segunda-feira (14), o registro da primeira vacina do mundo contra a chikungunya. Desenvolvido pela farmacêutica franco-austríaca Valneva em parceria com o Instituto Butantan, o imunizante chamado Ixchiq será aplicado em dose única e indicado para adultos com maior risco de exposição ao vírus. A novidade representa um avanço no combate à doença, que tem o Brasil entre os países com maior incidência de casos.

A eficácia da vacina foi comprovada em ensaios clínicos com mais de 4 mil voluntários nos Estados Unidos, onde 98,9% desenvolveram anticorpos neutralizantes. No Brasil, estudos com adolescentes também demonstraram alta resposta imunológica, com proteção mantida por pelo menos seis meses. Os efeitos adversos observados foram, na maioria, leves ou moderados — como dor de cabeça, febre e fadiga.

A vacina não será recomendada para gestantes, imunodeficientes ou menores de 18 anos, e o Instituto Butantan já prepara uma versão com produção nacional, o que facilitará a incorporação ao SUS. Para isso, o imunizante ainda passará por análises da Conitec e do Programa Nacional de Imunizações. A expectativa é que, uma vez aprovada, a distribuição comece por regiões endêmicas.

Transmissível pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya pode causar sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações, manchas na pele e até levar à morte. Em 2024, a doença infectou mais de 620 mil pessoas no mundo, com destaque para América do Sul.

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