A morte de um bebê durante o parto no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, no último dia 25 de abril, motivou o Ministério Público de Santa Catarina a abrir duas novas investigações. As apurações, conduzidas pelas promotorias de Justiça da Saúde e da Infância e Juventude, buscam esclarecer possíveis falhas na conduta médica e irregularidades funcionais por parte de servidores públicos envolvidos no atendimento.
Antes mesmo da tragédia, a 9ª Promotoria já investigava suspeitas sobre a contratação da empresa fornecedora de médicos ao hospital. As denúncias recebidas indicam que profissionais sem especialização estariam sendo escalados para o pronto-socorro adulto, comprometendo a qualidade do atendimento. A ausência de documentos no Portal da Transparência também levantou suspeitas de descumprimento de um termo de ajustamento de conduta.
Após o falecimento, o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina foi acionado e um inquérito policial foi solicitado. Enquanto as investigações seguem sob sigilo parcial, a prefeitura iniciou mudanças internas na gestão do hospital. A diretora-geral foi substituída, e a prefeita Juliana Pavan anunciou que seu gabinete funcionará temporariamente dentro da unidade.
Entre as medidas anunciadas pelo Município estão a reforma da estrutura hospitalar, criação de cargo específico para direção clínica obstétrica e nova licitação para o setor. Um projeto de lei para contratação de novos profissionais e uma auditoria no contrato da maternidade também foram divulgados. Até o momento, a prefeitura não se manifestou sobre as investigações do MP.
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