Enquanto os Correios enfrentam um rombo histórico de R\$ 2,6 bilhões em 2024 e lançam um plano emergencial para economizar até R\$ 1,5 bilhão em 2025, o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, reajustou o próprio salário em 14% nos últimos dois anos. O aumento contrasta com os 4,1% concedidos à categoria de trabalhadores no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Desde que assumiu o cargo, Fabiano viu seus rendimentos mensais subirem de R\$ 46,7 mil para R\$ 53,2 mil, além de acréscimos em benefícios como auxílio-moradia, alimentação e previdência complementar. A diretoria também teve aumento salarial, passando de R\$ 40,6 mil para R\$ 46,3 mil no mesmo período.
Apesar das críticas, os Correios afirmam que os reajustes seguiram as normas da Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (SEST) e da Assembleia Geral da empresa. A estatal argumenta ainda que houve redução de 2,2% nas despesas com remuneração dos dirigentes devido à vacância de cargos e renúncia a auxílios.
Para contornar a crise, a empresa anunciou medidas como suspensão de férias, retorno ao trabalho presencial e parceria com o New Development Bank para captar R\$ 3,8 bilhões. Os Correios ainda planejam lançar um marketplace próprio para diversificar receitas no projeto “Correios do Futuro”.
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