O comitê gestor para a certificação internacional do aipim da Colônia Japonesa, em Itajaí, realizou sua primeira reunião na sede do Sebrae nesta terça-feira (26). O grupo está empenhado em elaborar o dossiê que apresentará o solo de turfa da região ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), buscando o reconhecimento como Identificação Geográfica (IG), na categoria Denominação de Origem (DO). Essa certificação valoriza a qualidade única do aipim produzido em Itajaí, destacando-o no mercado nacional e internacional.
A reunião contou com a participação de representantes do Planejamento Estratégico de Itajaí (PEMI 2040), agricultores familiares da Colônia Japonesa, cooperativas locais, EPAGRI e Sebrae. A consultora Ester de Jesus foi apresentada como a responsável pelo desenvolvimento do processo, em nome do Sebrae, entidade contratada pelo Município. O diretor executivo do PEMI 2040, Alcides Volpato, ressaltou a importância do projeto para a agricultura familiar e a conservação ambiental, celebrando o trabalho colaborativo que vem sendo conduzido há quase dois anos.
Como próximos passos, o comitê definiu ações prioritárias, incluindo a seleção de tópicos específicos para os estudos necessários à certificação. Serão mobilizadas instituições e profissionais especializados na análise das características físicas, químicas e orgânicas do solo de turfa, como enzimas e polifenóis, para reforçar o dossiê técnico. Esse levantamento será crucial para destacar o diferencial dos produtos originados na Colônia Japonesa.
A certificação como Denominação de Origem pode trazer benefícios significativos à comunidade local, como maior valorização econômica do aipim e preservação das práticas tradicionais de cultivo. Além disso, o reconhecimento do solo de turfa como recurso ambiental estratégico fortalece o compromisso de Itajaí com o desenvolvimento sustentável e a promoção de sua riqueza agrícola e cultural.
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