O que seria mais uma noite comum de serviço para o sargento Adriano Kieski se transformou em um pesadelo ao atender uma ocorrência de atropelamento em Curitibanos, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Ao chegar ao local, ele se deparou com sua própria esposa, a cabo da Polícia Militar Kelly, caída no chão e gravemente ferida após ser atropelada enquanto tentava socorrer Gabriel dos Santos, de 29 anos, que também foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
Segundo testemunhas, Kelly havia parado a viatura da Rede Catarina ao ver Gabriel caído na pista, possivelmente após um mal súbito. No momento em que prestava socorro, um carro em alta velocidade atingiu os dois. “Ela tentou puxá-lo da frente do carro para salvá-lo, mas não deu tempo. Os dois foram atingidos”, relatou o sargento, emocionado. A cena, segundo ele, foi uma das mais difíceis de sua carreira.
Kelly sofreu ferimentos graves, incluindo uma fratura no joelho, escoriações e um corte profundo na cabeça. Ela passou por cirurgia e segue em recuperação. O motorista envolvido, que fugiu do local sem prestar socorro, já foi identificado e deve responder por homicídio culposo e lesão corporal culposa, agravados por não ter habilitação e por ter deixado as vítimas desamparadas.
A tragédia gerou forte comoção em Curitibanos e revolta na família da policial. “Ele acelerou, não tentou parar. Não pode sair impune”, desabafou o sargento. Kelly, mesmo abalada, foi elogiada pela família da vítima fatal, que reconheceu sua tentativa de salvar Gabriel. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
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