O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, anunciado nesta quarta-feira (15) no Catar, prevê 42 dias de interrupção nos combates em Gaza. A primeira fase inclui a libertação de 33 reféns israelenses pelo Hamas em troca de centenas de prisioneiros palestinos, entre mulheres, crianças e idosos detidos por Israel. Além disso, a ajuda humanitária será ampliada, e tropas israelenses recuarão para margens estratégicas, permitindo que muitos palestinos retornem ao que restou de suas casas.
Embora o cessar-fogo represente um passo significativo, ainda não significa o fim da guerra. O futuro dependerá de novas negociações nas próximas semanas entre Israel, Hamas e mediadores internacionais, como Estados Unidos, Egito e Catar. A questão central será decidir quem governará Gaza, com Israel exigindo a eliminação do Hamas. Sem avanços, Israel poderá retomar os combates, mesmo com reféns ainda em poder dos militantes.
Durante essa trégua inicial, o plano é que o Hamas liberte reféns vivos, começando com três no primeiro dia, seguido de liberações semanais. Israel, em troca, libertará 30 palestinos para cada refém civil, com um número maior de prisioneiros libertados em caso de soldados israelenses. Se necessário, corpos de reféns falecidos também serão entregues, resultando na libertação de mulheres e crianças presas desde o início da guerra, em outubro de 2023.
Outro ponto crucial será o recuo militar israelense. As tropas deverão abrir rotas de retorno para palestinos deslocados, incluindo a Rua Rasheed, que conecta o norte ao centro de Gaza. Entretanto, Israel insiste em manter inspeções rigorosas para evitar o transporte de armas por parte do Hamas. A viabilidade do plano enfrentará obstáculos logísticos e políticos nos próximos dias, testando a capacidade do acordo de estabelecer uma paz duradoura.
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