O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou um cessar-fogo na guerra com o Hezbollah em um discurso televisionado nesta terça-feira, 26 de novembro. O acordo, que deve entrar em vigor na quarta-feira, 27, foi estabelecido após meses de intensos combates e promete uma pausa nas hostilidades entre os dois lados. Netanyahu enfatizou que a duração do cessar-fogo dependerá do cumprimento dos termos acordados pelo Hezbollah.
Durante seu pronunciamento, Netanyahu destacou que o Hezbollah “escolheu nos atacar” e observou que a dinâmica do grupo mudou significativamente ao longo do ano. Ele afirmou que as forças israelenses conseguiram retroceder o Hezbollah em décadas, sugerindo uma mudança significativa no equilíbrio de poder na região. Apesar do acordo de cessar-fogo, Netanyahu deixou claro que Israel não hesitará em retomar os ataques caso o Hezbollah descumpra os termos estabelecidos.
O cessar-fogo permitirá que Israel concentre seus esforços na questão da ameaça nuclear do Irã. Netanyahu afirmou estar disposto a tomar todas as medidas necessárias para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares, indicando que a situação geopolítica na região continua tensa e complexa. A guerra com o Hezbollah se intensificou após a invasão do Hamas em Israel em outubro de 2023, resultando em um número significativo de vítimas no lado israelense.
O acordo de cessar-fogo não oferece alívio para a Faixa de Gaza, onde Israel continua determinado a destruir o Hamas. Netanyahu reiterou essa intenção durante seu anúncio, deixando claro que as operações contra o grupo palestino permanecerão inalteradas. A expectativa é de que o cessar-fogo com o Hezbollah permita uma reavaliação das estratégias militares israelenses.
De acordo com os termos do acordo, Israel deverá retirar suas tropas da região sul do Líbano, onde estão posicionadas há meses. Em contrapartida, o Hezbollah deverá recuar cerca de 25 quilômetros ao norte da fronteira israelense. Essa manobra é vista como uma tentativa de estabilizar a fronteira entre os dois países e reduzir as tensões que têm gerado conflitos frequentes.
Os combates no sul do Líbano aumentaram significativamente desde setembro, com bombardeios israelenses causando a morte de figuras importantes dentro do Hezbollah, incluindo seu líder Hassan Nasrallah. Além disso, as forças israelenses realizaram ações coordenadas para desmantelar as comunicações do grupo extremista no país.
Após o anúncio do cessar-fogo por Netanyahu, o primeiro-ministro libanês Najib Mikati solicitou a implementação imediata do acordo. A comunidade internacional observa atentamente esta nova fase no conflito, na esperança de que um período de calma possa ser alcançado e que as hostilidades entre Israel e Hezbollah diminuam nas próximas semanas.
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