
Florianópolis registrou a maior inflação entre as capitais brasileiras nos últimos 12 meses, com um índice acumulado de 6,66%, superando a média nacional de 5,06%. O aumento no custo de vida foi impulsionado por produtos essenciais, como café, filé mignon e azeite de oliva, que sofreram altas expressivas devido a problemas climáticos que afetaram a produção.
O café em pó foi o item com maior variação no período, disparando 64,7%, enquanto o café solúvel aumentou 57,8%. O filé mignon teve alta de 32,8%, seguido pelo azeite de oliva, que subiu 28,6%. Além dos alimentos, itens como pedras para construção (55,4%), amoníaco para limpeza (45,4%) e uniformes escolares (31,5%) também encareceram significativamente.
Entre os setores mais afetados, o de transportes teve a maior elevação de preços, com um aumento de 9,90%, seguido por despesas pessoais (8,39%), alimentação e bebidas (8,07%) e educação (7,05%). Esses dados foram levantados pelo Índice de Custo de Vida (ICV), desenvolvido pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina).
No ranking nacional, Florianópolis ficou à frente de capitais como Belo Horizonte (5,76%) e São Luís (5,67%), consolidando-se como a cidade com o maior aumento de preços no país. A alta no custo de vida também refletiu no IPCA, que subiu 1,31% em fevereiro, o maior índice para o mês desde 2003, impulsionado principalmente pelo aumento de 16,8% na conta de luz.
Com o avanço da inflação, moradores de Florianópolis enfrentam dificuldades para manter o orçamento equilibrado. O impacto nos preços afeta desde despesas básicas até serviços essenciais, tornando cada vez mais desafiador lidar com o custo de vida na capital catarinense.
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