A execução de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, está sendo investigada por uma força-tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). A coordenação é feita pelo secretário-executivo da SSP, delegado Osvaldo Nico Gonçalves, e inclui membros de diferentes divisões da segurança pública, como o Departamento de Inteligência da Polícia e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A força-tarefa foi solicitada pelo governador Tarcísio de Freitas, que espera uma resposta rápida para o caso.
A Polícia Federal também foi envolvida, atendendo a uma ordem do Palácio do Planalto, devido à gravidade do crime, o envolvimento de facções criminosas e o local de execução — um dos aeroportos mais movimentados do país. A PF está apurando se houve participação de agentes públicos, além de investigar suspeitas de corrupção dentro das forças de segurança.
Gritzbach, que tinha fechado um acordo de delação em março para expor esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção policial, relatou ao Ministério Público a necessidade de proteção. Contudo, ele recusou o programa oficial, preferindo pagar por sua própria segurança, composta por policiais militares. No momento do crime, esses seguranças não estavam presentes, alegando problemas no carro de escolta. A Corregedoria da Polícia Militar já havia aberto uma investigação sobre o possível envolvimento desses seguranças com o PCC, e agora busca entender se houve falhas propositais no serviço de proteção.
A Guarda Civil Municipal de Guarulhos também está apurando a ausência de agentes na sua base no aeroporto, questionando se uma ocorrência em outro local, que deslocou os guardas, foi plantada para facilitar o ataque. As investigações continuam com foco em esclarecer esses pontos e identificar os responsáveis pelo assassinato.
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