Um incidente inusitado chamou atenção no Hospital Bom Jesus, em Irineópolis, Santa Catarina. Um homem picado por uma das cobras mais venenosas do Brasil, uma jararaca, surpreendeu funcionários e pacientes ao levar o animal vivo, dentro de um pote de conserva, para o atendimento médico. O caso aconteceu na quinta-feira (5), desencadeando uma série de orientações dos especialistas sobre como proceder em situações semelhantes.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para remover a serpente, que foi posteriormente devolvida à natureza em segurança. Segundo o biólogo Christian Raboch Lempek, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), a jararaca é uma das maiores causadoras de acidentes ofídicos no Sul do Brasil, especialmente durante épocas mais quentes, quando os répteis estão mais ativos. Ele explicou que esse tipo de contato acidental geralmente ocorre em trilhas, acampamentos ou mesmo em atividades domésticas no jardim.
Especialistas reforçam que, em casos de picada, a recomendação não é levar a cobra ao hospital, mas sim procurar atendimento médico imediato. A identificação da espécie, essencial para administrar o soro antiofídico correto, pode ser feita com base nos sintomas apresentados pela vítima ou, preferencialmente, por meio de fotos do animal. Levar o réptil, seja vivo ou morto, pode resultar em novos acidentes.
O biólogo Gilberto Ademar Duwe também destacou a importância de evitar o contato com a cobra após a picada. Ele orienta que a vítima acione os bombeiros ou outras entidades especializadas para realizar o resgate do animal. Esses órgãos são treinados para lidar com situações envolvendo animais silvestres, garantindo a segurança tanto da vítima quanto do animal.
Os sintomas de uma picada de cobra variam conforme a espécie, mas os profissionais de saúde estão capacitados para monitorar os sinais e identificar o tratamento necessário. No Brasil, há quatro tipos principais de soros específicos para acidentes ofídicos, além de medicamentos direcionados para picadas de outros animais venenosos, como escorpiões e lagartas.
A ação do homem gerou debate sobre o que fazer em situações de risco com cobras venenosas. O principal alerta é evitar atitudes que possam expor a vítima a novas picadas, priorizando sempre a busca por atendimento médico adequado e o acionamento de especialistas para o manejo do animal.
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