
Mesmo com a isenção de impostos federais e estaduais sobre alimentos da cesta básica, os consumidores em Santa Catarina continuam sentindo o impacto dos altos preços. Em março, o tomate disparou com aumento de 61,13%, reflexo da baixa oferta da safra de verão, e se tornou o vilão das feiras e supermercados.
Na feira da Trindade, em Florianópolis, Rubens saiu com sacolas cheias de frutas e hortaliças, mas admitiu que está gastando mais do que antes. Assim como ele, boa parte da população — especialmente os que vivem com um salário mínimo — sente no dia a dia que a redução de tributos ainda não se traduziu em economia.
Especialistas explicam que o corte de impostos não resolve, por si só, a alta dos preços, já que fatores como clima, custo de produção e demanda internacional têm pressionado os alimentos. Em Florianópolis, por exemplo, a cesta básica representa quase 60% do salário mínimo líquido, exigindo mais de 120 horas de trabalho para ser comprada.
Na prática, a medida é vista como um passo importante, mas insuficiente no curto prazo. Produtos como tomate, banana e melancia continuam com preços elevados, e consumidores seguem buscando alternativas nas feiras para economizar, mesmo enfrentando limitações no orçamento.
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