Um novo estudo internacional acendeu um alerta para o futuro de diversas cidades do litoral de Santa Catarina. De acordo com pesquisadores da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura, o nível do mar pode subir até 1,9 metro nos próximos 75 anos, caso as emissões de carbono continuem elevadas. A projeção foi detalhada com a ajuda da ferramenta de riscos costeiros do Climate Central, que revelou que áreas da Grande Florianópolis, como Jurerê, Barra da Lagoa e Carianos, podem ser parcial ou totalmente submersas.
Cidades da parte continental também enfrentam sérios riscos, como São José, Biguaçu e Palhoça — esta última com bairros inteiros ameaçados, incluindo o Centro, a Praia da Pinheira e a região do Rio Grande. O impacto também atinge outras regiões do estado, como Garopaba, Imbituba, Laguna, Balneário Camboriú, Joinville e São Francisco do Sul. As áreas em vermelho nos mapas indicam locais com risco severo de submersão até o ano de 2100.
O estudo alerta ainda que o risco não se limita apenas às cidades costeiras. Municípios como Porto Alegre, embora mais distantes do mar, também podem ser atingidos devido à proximidade com rios e lagoas. Outras capitais sul-americanas, como Buenos Aires e cidades litorâneas do Uruguai e da Venezuela, também estão na rota da elevação do nível das águas.
Apesar de reforçar a importância de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, os pesquisadores e organizações ambientais alertam que apenas isso não será suficiente. A adoção de políticas de adaptação, como a construção de barreiras contra enchentes e mudanças na infraestrutura urbana, é fundamental para evitar uma tragédia climática nas próximas décadas.
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