
Santa Catarina enfrenta um período de instabilidade climática devido aos primeiros sinais do fenômeno La Niña, ainda em formação. Caracterizado por chuvas irregulares e eventos extremos, o fenômeno já impacta diversas regiões do estado, trazendo desde estiagens até temporais severos. O Fórum Climático de meteorologistas aponta que as temperaturas do Oceano Pacífico vêm caindo, podendo configurar oficialmente o La Niña em abril. Até lá, os catarinenses devem se preparar para um trimestre de precipitações desiguais e tempestades intensas.
A Defesa Civil alerta para um risco elevado de enxurradas e alagamentos na Grande Florianópolis nesta quarta-feira (29), com fortes rajadas de vento, raios e possibilidade de granizo. Algumas áreas litorâneas e serranas já registram acúmulo de água nas primeiras horas do dia, dificultando o trânsito em pontos críticos, como o entorno do Rio Tavares e o acesso ao Aeroporto Internacional de Florianópolis. O calor excessivo e a circulação marítima favorecem a formação de temporais isolados, mantendo a situação preocupante.
Nos próximos dias, o cenário deve se agravar com a intensificação da circulação marítima e a formação de um ciclone extratropical entre a Região Sul e a costa do Sudeste. A previsão indica chuvas persistentes no Litoral, especialmente entre quinta-feira (30) e sábado (1), aumentando o risco de alagamentos. O Oeste do estado também enfrenta desafios, com volumes de chuva abaixo da média, elevando o risco de estiagem e prejuízos agrícolas.
Apesar da irregularidade das chuvas, a previsão trimestral aponta fevereiro com precipitação dentro ou acima da média na maior parte do estado, exceto no Oeste. Março deve apresentar um cenário mais equilibrado, enquanto abril tende a ser o mês mais seco do período. Já as temperaturas permanecerão elevadas em fevereiro e março, podendo cair um pouco abaixo da média com a chegada do outono em abril.
Diante do quadro de incerteza climática, especialistas reforçam a necessidade de atenção redobrada e medidas preventivas. O avanço do La Niña pode trazer impactos imprevisíveis, tornando fundamental o monitoramento contínuo das condições meteorológicas e a adoção de planos de contingência para minimizar os danos causados pelas chuvas extremas e estiagens.
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