O Asilo Dom Bosco, tradicional instituição filantrópica em Itajaí, anunciou na segunda-feira que atingiu sua capacidade máxima e não possui mais vagas para acolhimento de novos idosos. Com capacidade para 100 pessoas, o asilo está com todas as vagas ocupadas, tanto para idosos com pagamento particular quanto para aqueles em vagas sociais, que são custeadas pelo município. O anúncio gerou preocupação e intensificou a busca por alternativas para o acolhimento de idosos na região.
Dentre as 100 vagas do Asilo Dom Bosco, 68 são financiadas pela prefeitura através de um convênio de cooperação, enquanto as demais são custeadas pelas famílias ou pelos próprios residentes. A instituição, que existe há 73 anos, depende de doações de alimentos, materiais de higiene e até apoio financeiro para sustentar seus serviços. Para tentar uma vaga social, interessados devem contatar o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Já para vagas particulares, o contato deve ser feito diretamente com o Serviço Social do Dom Bosco, que mantém uma fila de espera.
Em nota, a prefeitura de Itajaí esclareceu que, apesar de o Asilo Dom Bosco ser uma entidade privada, o município investe em vagas sociais ali e em outras duas instituições credenciadas: o Residencial Geriátrico Betel e a Casa de Repouso Shekinah, esta última localizada em Navegantes. Ao todo, Itajaí conta com 94 vagas custeadas pelo município para o acolhimento de idosos, um investimento previsto de R$ 5,2 milhões para 2024, dos quais cerca de R$ 280 mil mensais são direcionados ao Asilo Dom Bosco.
O preenchimento dessas vagas sociais e a gestão da fila de espera seguem diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Assistência Social, que considera critérios como tempo de espera, condições econômicas, situação de saúde e vulnerabilidade familiar dos idosos. Essas diretrizes são orientadas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (Cnas), que regula o serviço de acolhimento para idosos e busca assegurar um atendimento justo e eficiente.
A demanda crescente nas instituições de longa permanência reflete uma tendência de envelhecimento populacional, que aumenta a procura por serviços de cuidados aos idosos. Em Itajaí, a população idosa cresceu 3% desde o último censo em 2010, segundo dados do IBGE, e a cidade possui uma das maiores concentrações de pessoas acima dos 100 anos no país. Esse cenário reforça a necessidade de ampliar as vagas e o suporte às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) na região.
Com a limitação de vagas, o município avalia o credenciamento de novas instituições para suprir a alta demanda, considerando o envelhecimento populacional e a importância do acolhimento especializado. Para as famílias, as ILPIs oferecem a segurança e o cuidado necessários, e representam uma alternativa fundamental para quem enfrenta dificuldades em oferecer o suporte que essa faixa etária requer.
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