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Dólar ultrapassa R$ 6,00 e bate recorde histórico: Veja os impactos e reações do mercado

29 nov 2024 | Estadual e Nacional, Mundo, Política e Educação

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (29/11) cotado a R$ 6,001, registrando alta de 0,19% e marcando a primeira vez que a moeda encerra um pregão acima dos R$ 6. Durante o dia, o câmbio chegou a atingir R$ 6,11, impulsionado pela reação negativa do mercado às recentes medidas fiscais anunciadas pelo governo. A alta acumulada da semana ficou em 3,79%, refletindo a instabilidade econômica e as incertezas sobre o futuro das contas públicas.

A volatilidade foi desencadeada após o detalhamento de cortes de gastos e alterações na isenção do Imposto de Renda, anunciados na quinta-feira (28/11). Segundo analistas, as medidas propostas não convenceram o mercado sobre sua capacidade de equilibrar as finanças públicas. Essa percepção influenciou diretamente o comportamento da moeda americana e gerou perdas significativas em diversos setores econômicos.

Declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trouxeram alguma calma aos investidores ao longo do dia. Ambos se comprometeram a colaborar e aprimorar as propostas apresentadas pelo governo. Contudo, também apontaram restrições e destacaram que o aumento da isenção do IR só será possível se houver condições fiscais favoráveis.

Enquanto isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu o pacote fiscal em evento da Febraban. Ele destacou que o ajuste é necessário e que pode haver novas medidas de economia no futuro. Haddad reforçou que o governo não promete “bala de prata” ou milagres para resolver os problemas econômicos e criticou as reações precipitadas às propostas. O pacote atual prevê uma economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026.

Paralelamente, o mercado reagiu positivamente a dados de emprego divulgados pelo IBGE. O desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor patamar da série histórica. O país alcançou 103,6 milhões de trabalhadores ocupados, com destaque para os setores de indústria, construção e serviços, responsáveis pela maior parte do aumento de 1,6 milhão na ocupação.

Apesar dos números positivos no emprego, a Dívida Pública Federal (DPF) também registrou alta, encerrando outubro em R$ 7,073 trilhões, um aumento de 1,80% em relação ao mês anterior. Ainda assim, o valor permanece dentro dos limites do Plano Anual de Financiamento (PAF), que estipula um teto de R$ 7,4 trilhões para 2024.

Com o dólar em alta histórica e sinais mistos na economia, o cenário para as próximas semanas deve continuar desafiador. A busca por equilíbrio fiscal será fundamental para reconquistar a confiança do mercado e estabilizar os indicadores econômicos. A postura do Congresso e as novas ações do governo serão determinantes para reverter as atuais tendências. Em atualizações das 18h50 de hoje (29), o dólar baixou para R$ 5,97.

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