Cinco esposas de ministros do governo Lula ocupam posições como conselheiras em Tribunais de Contas Estaduais (TCEs), com rendimentos mensais que chegam a R$ 100 mil, somando salários, auxílios e benefícios. O levantamento foi realizado com base no Portal da Transparência e inclui dados de diferentes estados.
A mais recente a integrar um TCE foi Onélia Santana, esposa do ministro da Educação, Camilo Santana. Eleita pela Assembleia Legislativa do Ceará, Onélia passa a ocupar um cargo vitalício no Tribunal de Contas do Estado do Ceará, com salário base de R$ 39,7 mil, além de benefícios que ultrapassam R$ 20 mil mensais.
Entre as outras conselheiras estão Marília Góes, esposa do ministro Waldez Góes, que teve remuneração líquida de até R$ 98 mil em 2024, e Rejane Dias, esposa do ministro Wellington Dias, que recebeu R$ 111 mil em fevereiro com auxílios e indenizações. Ambas assumiram os cargos enquanto seus maridos exerciam mandatos de governadores.
Aline Peixoto, casada com Rui Costa, e Renata Calheiros, esposa de Renan Filho, também ocupam cargos similares na Bahia e Alagoas, respectivamente. Seus rendimentos líquidos mensais variam entre R$ 33 mil e R$ 50 mil, com ganhos anuais que superam R$ 400 mil. A posse dessas conselheiras tem gerado críticas devido às articulações políticas que frequentemente precedem as nomeações.
O caso reacendeu debates sobre o uso político dos Tribunais de Contas e as altas remunerações oferecidas aos conselheiros, especialmente aqueles ligados a figuras públicas influentes. Procurados, os tribunais de contas dos estados não se manifestaram sobre as nomeações ou os valores dos salários divulgados.
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