Nesta quarta-feira (13), o presidente eleito Donald Trump fez sua primeira visita à Casa Branca desde que deixou o cargo em 2021, participando de uma reunião de transição com o atual presidente, Joe Biden. Este encontro marca um retorno simbólico e importante para Trump, que recusou essa mesma tradição há quatro anos, quando se negou a receber Biden após a derrota nas eleições de 2020. Sem declarações à imprensa, a reunião no Salão Oval durou quase duas horas, onde Trump prometeu uma transição “o mais suave possível” para o novo mandato.
Em um gesto amigável, Biden deu as boas-vindas a Trump, em um clima que contrasta fortemente com a transição de 2021, marcada por tensões e pela recusa de Trump em aceitar a vitória do democrata. “A política é difícil, mas é um bom lugar hoje”, afirmou Trump a Biden, refletindo um tom de reconciliação. Biden, por sua vez, comprometeu-se a uma transição tranquila, conforme enfatizado por sua porta-voz Karine Jean-Pierre, que declarou ser essa uma responsabilidade com o povo americano, além de uma tradição política essencial.
Antes de se encontrar com Biden, Trump discursou no Capitólio para parlamentares republicanos, onde elogiou o desempenho do partido nas eleições de meio de mandato. Com o controle do Senado garantido e a provável maioria na Câmara, Trump comemorou a vitória e animou seus aliados, dizendo: “Não é legal vencer? É sempre legal vencer.” Esse encontro reforça o apoio do Partido Republicano ao presidente eleito, consolidando sua volta ao cenário político como líder incontestável da sigla.
A reunião entre Biden e Trump também abordou assuntos de política externa e interna. Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional de Biden, destacou que os dois presidentes discutiram as principais questões globais, incluindo situações na Europa, Ásia e Oriente Médio. Para Biden, a troca de informações visa a continuidade das ações estratégicas americanas, e representa um esforço de “transferência responsável de poder”, mantendo o legado de transições pacíficas entre administrações no país.
A visita de Trump à Casa Branca inclui simbolismos e acontecimentos recentes que reforçam sua posição dentro do Partido Republicano. Desde o ataque ao Capitólio em 2021, apoiadores do presidente eleito continuam a demonstrar lealdade, enquanto Trump recompõe sua imagem como líder do partido, agora com o apoio de figuras importantes da Câmara e do Senado. A maioria republicana tem fortalecido Mike Johnson na liderança da Câmara e, embora Trump não tenha declarado apoio a nenhum candidato ao Senado, seus aliados fizeram campanha por Rick Scott, derrotado na corrida interna.
Ainda esta semana, Trump participará de eventos com republicanos no Capitólio e em Mar-a-Lago, onde seu retorno à política será celebrado. Com apoio crescente entre legisladores e a promessa de uma transição tranquila, o presidente eleito reafirma sua influência em Washington e sinaliza um novo ciclo de governança. A presença de Trump em eventos de liderança no Congresso representa o ressurgimento de seu protagonismo político e sinaliza sua disposição em liderar o Partido Republicano no controle do Legislativo e da presidência dos Estados Unidos.
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