Durante evento em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-SP), comentou as manifestações do domingo (6/4) que pediram anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro. Sem usar diretamente o termo “anistia”, ele defendeu uma revisão de penas para casos com punições consideradas excessivas, mas alertou para o risco de aprofundar uma crise entre os Poderes.
Motta afirmou que não permitirá que a Câmara seja usada para ampliar tensões institucionais, e reforçou a necessidade de responsabilidade e equilíbrio no debate. Segundo ele, “não é desequilibrando que vamos resolver o problema” e garantiu que não cederá a pressões que aumentem o conflito político.
O presidente da Câmara também rebateu, de forma indireta, as críticas feitas por manifestantes e por figuras como o pastor Silas Malafaia, que o acusaram de travar a urgência do projeto de anistia. Motta minimizou os ataques e destacou que o Brasil não pode ser “uma Casa de uma pauta só”, sinalizando que outras prioridades também precisam de atenção no Congresso.
Apesar das pressões bolsonaristas e da ameaça de obstrução por parte do PL, Motta destacou que manifestações e estratégias legislativas fazem parte da democracia. Ele prometeu tratar o tema com serenidade e afirmou que o Senado também será envolvido na discussão, buscando uma solução equilibrada.
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