O Novembro Azul traz à tona a conscientização sobre o câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens. Com uma estimativa de 71.730 novos casos anuais no Brasil entre 2023 e 2025, a campanha destaca a importância do diagnóstico precoce, especialmente em idosos, grupo que enfrenta desafios específicos devido à presença de comorbidades e à necessidade de tratamentos individualizados.
A próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino, aumenta de tamanho com o avançar da idade, o que pode levar a condições como a hiperplasia prostática benigna e o câncer de próstata. Embora muitas vezes silenciosa no início, a doença pode apresentar sintomas como dificuldade para urinar, dores na região pélvica e lombar, além de alterações na função sexual. A detecção precoce é essencial para melhores chances de tratamento e qualidade de vida.
Entre os cuidados preventivos estão os exames regulares, como o toque retal e o PSA, aliados a hábitos saudáveis, como uma dieta rica em frutas, vegetais e peixes ricos em ômega-3, prática de exercícios físicos e a redução do consumo de álcool e tabaco. A hidratação adequada e a higiene íntima também desempenham papéis cruciais na manutenção da saúde prostática, especialmente em homens mais velhos.
O tratamento do câncer de próstata em idosos exige uma abordagem personalizada. Problemas de saúde relacionados à idade, como diabetes ou insuficiência renal, podem influenciar as opções terapêuticas, tornando métodos menos invasivos, como a radioterapia e a hormonioterapia, alternativas preferíveis. Em alguns casos, o monitoramento ativo é adotado para evitar tratamentos agressivos que possam comprometer a qualidade de vida.
A resistência ao exame de próstata, ainda comum entre os idosos, pode ser minimizada com estratégias empáticas. Explicar o procedimento de forma clara, criar um ambiente acolhedor e contar com o apoio de familiares e profissionais de saúde mental são formas eficazes de reduzir o medo e aumentar a adesão ao diagnóstico precoce.
Cuidadores e familiares desempenham papéis fundamentais na identificação de possíveis sinais de alerta e na orientação dos idosos. Sintomas como sangue na urina, dificuldade para urinar e dores na região pélvica devem ser relatados prontamente aos profissionais de saúde. Além disso, incentivam uma rotina saudável, com consultas regulares e atividades físicas, ajudando a prevenir complicações.
Fatores de risco como histórico familiar, etnia e idade avançada tornam ainda mais importante o acompanhamento médico. Homens afrodescendentes e aqueles com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 estão em grupos de maior vulnerabilidade. Uma dieta equilibrada e o controle do peso são passos simples, mas fundamentais, para reduzir esses riscos.
Por fim, o câncer de próstata, embora preocupante, pode ser enfrentado com informação, prevenção e cuidados adequados. O Novembro Azul reforça a necessidade de superar os tabus e priorizar a saúde masculina, especialmente em idosos, promovendo mais qualidade de vida para essa parcela da população.
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